terça-feira, 11 de junho de 2013

HOLANDÊS USARIA CAIXA DE PLÁSTICO E AREIA PARA ENTERRAR FILHO MORTO EM FORTALEZA


A polícia do Ceará diz ter a certeza de que o holandês Stefan Smith e a cearense Antônia Claudia Marques da Silva mantiveram o corpo do filho por dois dias escondido em um hotel de Fortaleza. Nesta terça-feira (11), a polícia mostrou o material apreendido no quarto onde a criança de três anos foi encontrada morta no sábado (8). Os policiais recolheram uma caixa plástica, sacos de areia, lona e fitas adesivas.

Junto ao material, foi encontrado um bilhete de socorro escrito em um pedaço de papel: "Por favor chame a polícia apartamento 706 ouvir grinto ontem quinta de uma que chorar pelo filho que morreu (sic)". De acordo com a polícia, o bilhete foi escrito pela mãe das crianças, fingindo ser outra pessoa.

Nesta terça-feira (11), o holandês afirmou que usaria a caixa para enterrar o filho. “Eu queria uma caixa decente pra levar meu filho, pra enterrar ele”. Ele disse que pediu a caixa na recepção do flat e chegou a explicar para que seria usada. “Eu desci e expliquei tudo [na recepção], depois eu sei que inventaram uma coisa, que eu matei. Não é verdade, mas o mundo é assim”.

Material apreendido no quarto do flat (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

Ele também deu a versão para a morte da criança. “De repente, ele ficou durinho e tinha problemas de respirar. Eu queria ligar para ambulância, coloquei no braço e (ele) parou no meu braço”, conta. Stefan afirmou que mora há seis anos em Fortaleza, quando começou o relacionamento Antônia Cláudia Marques da Silva.

A mãe da criança, em depoimento à polícia, negou que o companheiro tenha cometido violência contra as crianças. Segundo a mulher, a criança mais nova sofreu uma queda na última quinta-feira (6), teve uma convulsão e morreu. O corpo foi encontrado no sábado (8). Segundo os peritos que foram ao local, o menino tinha sinais de espancamento. O outro filho dos dois, de cinco anos, também estava com sinais de maus-tratos.

Durante a entrevista desta terça-feira (11), Stefan disse que pagava por mês R$ 3 mil de aluguel no flat. Segundo ele, o dinheiro vinha da família, direto da Holanda. Segundo a cearense, quando a criança morreu, o pai não deixou a mulher pedir socorro porque ele está em situação ilegal no país.


"Por favor chame a polícia apartamento 706 ouvir grinto ontem quinta de uma que chorar pelo filho que morreu (sic)". De acordo com a polícia, o bilhete foi escrito pela mãe das crianças, fingindo ser outra pessoa.

Os familiares da mulher aguardam na Perícia Forense a liberação do corpo da criança nesta terça-feira (11). O menino não tinha registrado de nascimento. Com a intervenção do Conselho Tutelar, os documentos foram expedidos em cartório nesta manhã.

Até o meio-dia, o corpo ainda estava na Pefoce. No sábado (8), os peritos constataram traumatismo craniano e hematomas no rosto. O filho mais velho do casal, de cinco anos, continua internado no Hospital Infantil Albert Sabin.
A Embaixada do Reino dos Países Baixos informou que acompanha o caso e que está respeitando o processo jurídico brasileiro. O holandês foi visitado pelo cônsul e a família na Holanda já foi informada.




Fonte: G1CE

Nenhum comentário:

Postar um comentário